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sexta-feira, 27 de março de 2009

Eu Peito !


Vítimas do câncer de mama são musas de fotógrafa em exposição “Eu Peito!”

Serão apresentadas fotos de mulheres que mesmo vítimas do câncer de mama, em tratamento ou controle da doença, mostraram a sensualidade à fotógrafa Edna Médici. A exposição, que será de 08 de março e se estende até dia 30 de abril, acontece no Museu de Antropologia de Jacareí.

São 17 mulheres que se aventuraram a participar dos ensaios fotográficos. Duas delas são do Litoral Norte, localidade atendida no atendimento de pacientes com quimioterapia de Jacareí, onde tudo começou. As “caiçaras” são Ledina dos Santos Bordini Amaral, de Ubatuba, e Cristina Soares da Silva, de Ilhabela.
Edna, que ficou conhecida como fotógrafa da alma, conta que começou este estilo fotográfico quando teve uma amiga em depressão e que já nem saia de casa.

“É uma pessoa muito bonita, mas não conseguia se ver desta forma”, lembra. Ela pediu à amiga que deixasse fotografá-la e assim foi feito depois de muita insistência. “Mesmo sabendo que eu corria sério risco de complicar a situação, confiei em meu trabalho e o resultado foi maravilhoso”, recorda.

Isso correu de boca a boca entre as amigas que diziam que Edna transformava pessoas comuns em deusas e que fotografava a alma. Foi assim que a psiconcologista do Hospital São Francisco de Assis, onde acontecem as sessões de quimioterapia, soube da fotógrafa e de seu trabalho, pedindo para conversar no hospital.

Edna foi à primeira reunião com as mulheres do Grupo Laços e se ofereceu para fotografá-las. “Queria mostrar o quanto elas eram lindas”, acrescenta. Claro que houve uma grande resistência a princípio, pois além delas não conhecerem Edna, não se sentiam bonitas para fazerem fotos. “Consegui convencer a primeira e pedi que ela levasse o material feito e mostrasse às outras mulheres. O resultado foi o esperado. Uma a uma elas começaram a ceder e a vir ao estúdio e dali saiam com a auto estima elevada, sentindo-se bonitas e realizadoras”, conta emocionada.

A cada ensaio, uma lição maravilhosa de vida para Edna também. “Cada uma teve um tipo de motivação para curar-se, desde a fé em Deus ao apoio dos familiares”, lembra. Tudo isso culminou na exposição, intitulada “Eu Peito!”.

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