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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O que é o câncer de mama HER2 positivo?


HER2 positivo é uma forma agressiva de câncer de mama. É um tipo de tumor diferente que tem como característica uma proteína encontrada em excesso na superfície das células. Nas células normais, a proteína HER2 ajuda a enviar sinais de crescimento de fora para dentro da célula. Esses sinais mandam a célula crescer, dividir-se e multiplicar-se.

No câncer de mama HER2 positivo, as células de câncer apresentam um número anormalmente alto de genes HER2 por célula. Quando isso acontece, aparece um excesso de proteína HER2 sobre a superfície da célula tumoral.

Esse fenômeno é denominadado superexpressão da proteína HER2.
Considera-se que o excesso de proteína HER2 faz as células do câncer crescerem e se dividirem mais rapidamente. É por isso que o câncer de mama HER2 positivo é mais agressivo que o câncer de mama que não é HER2 positivo.

Estudos demonstraram que cerca de 25% das pacientes com câncer de mama são do tipo HER2 positivo. A evolução desse tipo de câncer de mama pode ser mais rápida, assim sendo, é muito importante fazer o teste do HER2 já na época do diagnóstico da doença.

Por isso, a realização do Teste HER2 é fundamental para fazer o diagnóstico correto e no tempo certo, pois há tratamentos específicos com ótimos resultados e menos efeitos colaterais.

• O que é HER2?

HER2 são as iniciais em inglês para Receptor 2 do fator de crescimento da Epiderme Humana.

É uma proteína encontrada no organismo de todas as pessoas, e que está localizada na camada exterior da célula, sendo um dos fatores que ajudam a célula a se dividir e multiplicar. Quando há um excesso dessa proteína nas células da mama, indica que algo está errado.

Por isso é preciso atentar a esse fato.

• Teste HER2

O Teste HER2 é realizado no mesmo material da biópsia mamária em que foi diagnosticado câncer de mama. Algumas vezes é necessário realizar o teste com uma amostra do tumor que já foi retirada na cirurgia.

Existem dois tipos de testes disponíveis para verificar o status HER2: Imuno-Histoquímica (IHQ) e Hibridização in Situ por Fluorescência (FISH).

Um teste de IHQ verifica o quanto de proteína HER2 há na superfície das células do câncer, sendo usado um “reagente” na superfície dessas células. Esse reagente tinge a membrana da célula de marrom, e com o microscópio o patologista vê a porcentagem de células que “reagiram”, ou seja, se a membrana tingiu de marrom. É então realizada uma classificação em “cruzes”, onde 0 (zero) e 1+ é negativo, e 3+ é positivo. Se o resultado for 2+, o resultado é indeterminado, sendo necessário o teste FISH.

Um teste FISH verifica se as células do câncer tem ou não um número anormal de genes HER2. Com um microscópio e uma “lâmpada fluorescente”, o patologista examina as células do câncer para checar quantos genes HER2 existem, em comparação com outros genes normais. Esse teste está indicado se o Herceptest for indeterminado, ou seja, 2+.

É importante que os testes sejam precisos, seu relatório da patologia pode trazer resultados inconclusivos. Peça ao seu médico para explicar os resultados do relatório da patologia para que você saiba como foi determinado o status HER2 do seu tumor.

• Tratando o HER2 positivo

Atualmente, especialistas discutem a doença e chamam a atenção para a importância de exames de diagnóstico específicos para detectar a presença desse tipo de câncer de mama.

Se o exame da paciente indicar HER2 negativo, o tumor deve ser tratado de forma clássica, o que pode incluir hormonioterapia (emprego de hormônios naturais ou sintéticos com fins terapêuticos, que funcionam como “anti-hormônio” na mama) e quimioterapia (administração de um produto químico com a finalidade de curar ou impedir a progressão da doença), conforme a situação e as características da paciente e do tumor.

No caso de HER2 positivo, a mulher pode ser medicada com uma substância (anticorpo monoclonal) que age especificamente no receptor HER2. É o caso do trastuzumabe, que é um tratamento para mulheres com câncer de mama cujos tumores possuem excesso de proteína HER2.

A experiência clínica com o trastuzumabe no tratamento adjuvante do câncer de mama HER2 posititvo com linfonodos positivos começou no ano 2000. Em 2006, o trastuzumabe foi aprovado para esse tipo de tratamento. Trastuzumabe não é quimioterapia ou tratamento hormonal. Trata-se de um tipo de tratamento de câncer dirigido, conhecido como anticorpo monoclonal (também chamado de tratamento biológico dirigido). Seriam como “mísseis teleguiados” que tem a capacidade de destruir somente as células que apresentam HER2 positivo. Por isso, esta medicação não mata as outras células do corpo, e seus efeitos colaterais são muito menores que os efeitos da quimioterapia clássica (como queda de cabelo, enfraquecimento das unhas etc).

Em dois grandes estudos clínicos de tratamento adjuvante, adicionar o trastuzumabe à quimioterapia reduziu o risco de recorrência do câncer em 50%, em comparação com a quimioterapia isoladamente. Os benefícios potenciais recebidos do trastuzumabe foram adicionados aos benefícios recebidos da cirurgia, quimioterapia, radiação e tratamento hormonal. O trastuzumabe não substitui nenhum desses tratamentos, apenas os complementa, se indicados no momento certo, conforme orientação médica.

Fonte:FEMAMA 20/06/2008

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde !

07 de abril, dia mundial da saúde !

É um dia comemorativo, mas de alerta a saúde de todos, aqui deixo meu recado, que saúde é prevenção !
Vamos previnir do que remediar ! e com o câncer mais ainda, façam o auto exame ! Quem procura, cura !

beijosssss

Ipê pode ajudar no tratamento contra o câncer

O lapachol já tinha sido usado no tratamento de câncer na década de 70, mas gerou efeitos colaterais. Pesquisadores da UFRJ criaram uma nova substância sintetizada que destruiu células cancerígenas.

Pesquisadores do Rio de Janeiro produziram uma substância que promete um tratamento mais eficaz e menos penoso contra o câncer. Os testes já foram feitos em células doentes, mas ainda não começaram em seres humanos.

A substância que atraiu os pesquisadores é produzida pelo ipê, árvore nativa do Brasil e abundante por aqui. O lapachol já tinha sido usado no tratamento de pacientes com câncer na década de 70, mas gerou vários efeitos colaterais.

Os pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criaram agora uma nova substância em laboratório. Aproveitaram parte da composição do lapachol e de uma outra substância, extraída de uma planta do Canadá.

“O nosso objetivo foi aproveitar o que havia de melhor em cada uma dessas estruturas e produzir uma nova substância que matasse as células cancerígenas e não apresentasse efeito tóxico significativo nos pacientes”, explica Paulo Roberto Ribeiro Costa, coordenador da pesquisa.

Os primeiros resultados foram positivos: a substância sintetizada foi testada em células de leucemia e câncer de pulmão de laboratório, que foram destruídas em três dias.

Depois, o teste foi feito em camundongos sadios para verificar se eles apresentariam efeitos colaterais. Os animais não tiveram queda de pêlo, nem perda de peso, o que é comum em quimioterapias.

O passo seguinte foi definitivo para a pesquisa. A substância criada no laboratório foi aplicada em células retiradas de dez pacientes com leucemia do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Esses pacientes não respondiam mais ao medicamento considerado de ponta no tratamento da doença. A nova substância matou as células cancerígenas.

Agora, os estudos estão sendo feitos em camundongos doentes. Daqui a dois ou três anos, o objetivo é começar a testar a substância em seres humanos.

“Esses resultados trazem uma esperança muito grande mesmo para pacientes em estágios avançados do câncer”, destaca o biomédico Eduardo Salustiano, da UFRJ.

Fonte: Jornal Nacional em 03/04/2009